domingo, 23 de setembro de 2007

Mais uma rodada e outra bola na trave

É amigos, foi perto. Na trave. Fiz 10 pontos na loteca e poderia ter sido melhor se não fossem por coisas que cheguei praticamente a prever. É só checar os meus palpites e conferir.

Eu disse que o Fortaleza sempre me derruba - e derrubou de novo. Disse e digo há 4 semanas que o Goiás está um lixo e novamente ele comprovou isso. Mesmo contra o América RN, não conseguiu arrancar uma vitória.

Também caí no empate do Atlético MG, em minas, que
perdeu até pênalti. E sem falar na minha maior surpresa: a derrota do Vasco em São Januário. Como o Vasco perdeu gols, foi absurdo. Clique aqui e veja que surreal. Parece até o famoso lance de 1977 do Corinthians onde a bola não queria entrar (só que aquela no final entrou).

Falando de meus acertos, o Náutico comprovou a sua ascensão como também previ muitas semanas atrás. Seu técnico é muito bom. Também tudo seguiu normalmente com as vitórias esperadas de Palmeiras, Grêmio, São Paulo e Atlético PR.

O empate do Flamengo foi um bom acerto, pois poucos acreditavam que esse jogo não teria um vencedor. No clássico do Rio, o triplo me garantiu, mas meu palpite seco também seria Fluminense, pois vou continuar repetindo que o Botafogo é um time que precisa de um divã. Vai ficar fora da Libertadores e da Sul Americana. É um time que não sabe vencer.

Assisti boa parte dos jogos e depois irei postar alguns comentários, em separado, aqui no Blog sobre a rodada.

No mais, a vitória do Cruzeiro me quebrou, mas serviu para manter ainda uma mínima esperança de concorrência contra o São Paulo. Vamos aguardar as próximas rodadas. O que ficou comprovado mesmo é a grande emoção que será a luta para fugir da segundona. Embolou tudo.

Semana passada, eu disse que o time que mais me preocupava era o Corinthians. E hoje ele vai dormir na zona de rebaixamento. A coisa está muito feia. Tudo parece ainda mais imprevisível.

Veja todos os Gols dessa rodada

7 comentários:

Unknown disse...

Pois é meu amigo, vc recuperou aquele chope perdido. Fiz 09 pontos. Mudei o resultado do jogo Vasco X Cruzeiro e dançei. Assim como dançei com o Goias, Ponte, Fortaleza e o empate do Mengo. Mas é isso, o futebol tem dessas. Vamos ver a proxima rodada. E o Itapetininga...afinal, ganhou ou nao ? Ass: Boca Aberta

Anônimo disse...

Trave?
Vc faz 71% e chama de trave?
Tudo bem vai, fiz 5 pontinhos,não posso falar nada.
E respondendo aos milhares de frequentadores desse blog, o Itapetininga (ou seria Itapecerica? A verdade é que tanto faz), acabou dando show no poderoso Brasiliense e foi o que salvou meu joguinho. E falando da sequência vamos continuar torcendo para o time dos bocas abertas perderem, afinal a os jogos que vêm por aí pra eles não são fáceis, tem Boca na quarta, gaúcho no domingo (eles adoram tomá piau de gaúcho).

Unknown disse...

Titulo Brasileiro em 2005 foi roubado. Foram as palavras do nosso querido Dualib. Veja materia, se ainda nao viu. http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2007/09/24/ult59u131531.jhtm
A coisa tá feia mesmo pro lado da Marginal s/n. Muito diferente pros lados do Boca Berta, que vivem tranquilamente....só resta p/ os torcedores dos outros times, torcerem contra !!

Anônimo disse...

Pois é, sãopaulino é tudo boca aberta mesmo, e além de tudo paga-pau.

Anônimo disse...

Sobre a matéria mencionada pelo sãopaulino, eis o que penso sobre a questão:

"Nos últimos cinco jogos, nós tínhamos 14 pontos na frente e chegamos, entendeu, um ponto só. Roubado."

"Se não tivesse a anulação de 11 jogos, nós estávamos fora. Porque campeão de fato e de direito seria o Internacional."

Eis aí as duas edificantes frases de Alberto Dualib, ditas ao seu braço direito, Renato Duprat, gravadas pela PF e divulgadas ontem pela TV Record.

Ambas revelam seu desencanto com a MSI, que acusava de tê-lo traído.

Em relação à segunda frase, a decisão de anular os jogos não dependeu ou teve alguma a coisa a ver com ele.

Mas, como se fosse um torcedor qualquer e não o responsável pela parceria, na segunda frase, desqualifica a MSI até em relação ao título brasileiro de 2005.

Comete vários erros como ao dizer que o Corinthians estava 14 pontos adiante do Inter ao faltarem cinco rodadas (estava seis) e ao dizer que terminou apenas um ponto na frente, quando foram três.

Quando diz "roubado", verbaliza aquilo que todo torcedor diz quando se vê um erro tão crasso como o cometido no pênalti não marcado sobre Tinga (e, ainda por cima, sua expulsão por simulação), mas que não significa que o deplorável Márcio Rezende de Freitas tenha sido comprado.

Ou significa?

Se sim, o STJD tem tudo para reabrir a questão para, pelo menos, apurar.

Só que é claro que Dualib dirá que era uma conversa informal, coisa de torcedor, blablablá.

Não parece óbvio que a legislação esportiva precisa ter um artigo que puna quem usa dinheiro sujo?

Anônimo disse...

E para elucidar mais ainda a questão, envio mais um post do Juca Kfouri, para mostrar que não se pode confiar no que se ouve ou no que se quer ouvir:

A Batalha de Itararé corintiana


A Batalha de Itararé é aquela que não houve, como sabem os que estudaram História do Brasil.

Batalha que não foi travada durante a Revolução de 30 porque o presidente Washington Luís renunciou horas antes de ela acontecer.

Algo parecido com a "confissão" do ex-presidente corintiano Alberto Dualib sobre o título brasileiro de 2005, que teria sido, segundo suas palavras gravadas pela Polícia Federal, e editadas fora de contexto pela TV Record, "roubado".

Ouvi ontem a conversa inteira na redação da CBN e nela Dualib orienta Renato Duprat, que estava em Londres, a dizer aos investidores da malfadada MSI que Kia Joorabchian jogava dinheiro fora e que até o título brasileiro só tinha sido conquistado por causa da anulação dos 11 jogos, sem o que o Inter teria sido o campeão.

Era mais uma tentativa de desmoralizar o parceiro e nem se trata de trecho que já não fosse do conhecimento de quem tem o material há tantos dias.

A CBN resolveu não publicá-lo, no que pode até ter sido uma decisão infeliz, por considerar que não era relevante, era apenas mais uma demonstração das intrigas entre os parceiros, sem nenhuma importância maior para mudar o curso da história ou obrigar a Justiça esportiva a se manifestar.

O que não invalida a discussão essencial: dinheiro sujo não é como o doping?

Anônimo disse...

Aproveitando, envio tb matéria interessante sobre os Bocas Abertas (Tô dominando esse Blog!):

Do jornal Zero Hora

Como o SPFC virou modelo de clube de futebol

por DanielPerrone

Zero Hora RS

O clube mais vencedor do país, tricampeão mundial e a caminho do penta no Brasileirão, mantém padrões de primeiro mundo e, a cada temporada, se torna imune a crises financeiras e cresce firme como uma grande empresa

A foto (Rogério Ceni com o Pernalonga) é emblemática para definir os paradigmas de funcionamento que fazem do São Paulo o clube mais organizado, rico e vencedor do país. Rogério Ceni não está ao lado do Pernalonga por acaso. Em março, após um ano de negociação, o virtual pentacampeão brasileiro fechou parceria com a Warner Brothers Entertainment, que divide com a Disney a liderança no mercado mundial de licenciamento de marcas.

Para celebrar a parceria, 500 unidades do coelho mais simpático do mundo com a camiseta do clube foram colocadas à venda por R$ 99 na megaloja recentemente inaugurada no Morumbi. O lote esgotou-se em dias. Em dezembro, será a vez de fardar o Taz, o demônio da Tasmânia. Em Londres, o escritório da Warner analisa um guia de estilo para lançar bonecos de Rogério Ceni, o goleiro-lenda que lidera a defesa menos vazada do Brasileirão, com inverossímeis oito gols. Os lucros serão repartidos: 50% Warner, 50% São Paulo.

No Morumbi, as iniciativas são todas assim: grandiosas e apontando para um futuro gerador de receitas, como o golaço da Warner. Trabalha-se como empresa, sobretudo a partir de 2002, quando um grupo de grandes executivos introduziu métodos renovados de gestão com a diretoria. Mas o mais europeu dos clubes brasileiros não visa ao lucro pelo lucro. Talvez seja esse o segredo.

- Quando sobra dinheiro, investimos no patrimônio, que no futuro multiplicará receitas, pois vamos tratá-lo com mentalidade empreendedora. Nosso superávit é só de R$ 2,5 milhões por isso: não paramos de crescer - ensina João Paulo Jesus Lopes, assessor da presidência e craque da área financeira.

A história comprova Jesus Lopes. Para erguer o Morumbi, o São Paulo ficou de 1957 até 1970 sem ganhar nem torneio de bola de gude - naquele tempo jogava-se bola de gude. Em 1988, construiu o CT da Barra Funda, deixando o estádio apenas para jogos. Na segunda metade dos anos 90, amargou dificuldades - mas reformou o Morumbi. Como já era bicampeão do mundo, nem doeu tanto.

Em 2005 virou realidade o CT de Cotia. Numa área de 22 mil metros quadrados, avaliada em R$ 20 milhões, a meia hora de carro da capital paulista, funciona uma cidade para as categorias de base: 95 adolescentes desfrutam de estrutura profissional. Breno, 17 anos, candidato a melhor zagueiro do Brasileirão, é o primeiro fruto.

- A venda de jogadores já representou 70% da nossa receita. Hoje, é 40%. O objetivo é diminuir esta dependência e criar novas receitas. Estamos no caminho certo, mas ainda corremos risco: uma administração ruim colocaria tudo por água abaixo em três anos - adverte o supervisor Marco Aurélio Cunha, que admite: paga-se R$ 100 mil mensais com facilidade no São Paulo, cuja folha salarial é de R$ 4 milhões.

O clube planeja comprar uma área em Campos do Jordão para montar a primeira universidade do futebol do país, nos moldes do Pachuca, do México. A obsessão pelo crescimento, associada a ousadias como a da Warner, explica os motivos que fazem o São Paulo, no mínimo, transformar a zona de rebaixamento em assunto alienígena, seja qual for o presidente, técnico ou time da temporada. E produz cenas divertidas como a de Tata, auxiliar de Muricy Ramalho. Piadista emérito, ele passa pelos repórteres zunindo, testa franzida, mãos para trás e resmunga, para gargalhada geral:

- Pô, é uma zona esse clube. Assim não dá!