quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Rapidinhas do Arquiba

Perdendo até para o Náutico
Acosta, um dos destaques do Náutico e do Campeonato Brasileiro, disse ter recusado jogar no Flamengo, preferindo assim ir para o colorado pernambucano. Quem diria que iríamos ouvir um dia: "Flamengo? Não, prefiro jogar no Náutico". Que decadência, não é Márcio Braga?

Libertadores. Quem vai dançar?
Muito tem se falado que o Brasileirão acabou e que somente a luta na Zona do Rebaixamento está trazendo emoção ao campeonato. Mas bem da verdade, a disputa pelas vagas da libertadores está bem interessante. O São Paulo está dentro e o Cruzeiro parece quase garantido. As outras duas vagas ficarão entre Santos, Grêmio, Vasco e Palmeiras. Quem será que vai rodar?

Copa Sul Americana e o Botafogo
Novamente teremos Sul Americana no meio da semana e assim pausa para o Brasileiro. O São Paulo vai pegar o Boca (ainda bem que ficou pro São Paulo), o Vasco pega o Lanús fora (um empatezinho tá ótimo) e o Botafogo pega o River no Engenhão. Será que o Fogão vai finalmente ganhar um título? Se empatar aqui afirmo que ele está fora. Não conseguirá superar o River no seu caldeirão argentino. Aí, só no ano que vem, no Carioca.

O descanso do Fluminense
Como é bom estar pré-classificado para a Libertadores. O Flu que o diga. Passou o Brasileiro inteiro desapercebido, sem nenhuma cobrança, pressão da imprensa ou torcida. O mundo caindo sobre Flamengo, Botafogo e Vasco, mas para o Flu é como se nada estivesse acontecendo. No meio da tabela, tranquilo e fora do foco das atenções. Mas ano que vem essa mamata acaba.

Corinthians jogando no Palestra Itália?
Com o fechamento do Pacaembu para reformas, cogitou-se do Corinthians jogar no Palestra Itália. Sinceramente não acho boa idéia. Por mais que o Corinthians tenha feito vários jogos nesse estádio, isso aconteceu muitos anos atrás, em um outro momento. Hoje, as diferenças entre as torcidas organizadas são muito mais acentudadas. E as do Palmeiras vivem por aquela região. Tenho medo do que possa acontecer em uma saída pós-jogo do Corinthians.

2 comentários:

Anônimo disse...

Texto que não pode passar despercebido:

A clava e o florete

Por ROBERTO VIEIRA

Quando Kelson humilhou a defesa do Atlético-MG, metade do Mineirão aplaudiu.

A outra metade queria entrar enfurecida no gramado para fazer justiça com os próprios pés.

Ô trem antigo!

Na Copa de 34 a final colocou frente à frente a clava e o florete. A clava eram os fascistas italianos. O florete eram os tchecos.

A clava venceu. Como já havia vencido antes o leve Wunderteam austríaco.

E o mundo se dividiu.

Os sonhadores gritaram: 'Roubo!'

Os pragmáticos sentenciaram: 'Covardes'.

Quando Heleno de Freitas colou a bola no peito e driblou toda a defesa do Flamengo sem deixa-la cair até fazer o gol, os botafoguenses, com Armando Nogueira no comando, exclamaram: 'Gênio!'

Os rubro-negros demitiram todos os zagueiros, batizaram Heleno de 'Gilda' e mandaram baixar o sarrafo da próxima vez.

Quando Puskas driblava tinha sempre um zagueiro no seu pé de ouvido murmurando: 'Fritz Walter'. Aliás uma injustiça com o ex-paraquedista alemão.

Garrincha fintava. Os zagueiros destruiam lentamente seus joelhos sob aplausos da torcida. A mesma torcida que morria de rir quando os zagueiros passavam lotados.

Os pragmáticos contratavam Iustrich como solução para times que precisavam de garra.

Os sonhadores traziam Telê.

Quando os holandeses subverteram o futebol os realistas ficaram perplexos, principalmente quando o tico-tico no fubá de Zagallo não funcionou.

Dias depois novamente os alemães restituiram o equilíbrio ao esporte.

O futebol sem o drible que desmoraliza seria insípido. Rivelino não poderia dar o elástico, Canhoteiro voltaria para o Maranhão e Djalma Santos seria fuzilado quando fizesse suas embaixadas.

Viveriamos de Tomires e Coelhos.

Mas existe uma verdade que ninguém ousa confessar, e talvez esta verdade seja maior que o muro de Berlim entre a clava e o florete.

Os rubro-negros sempre sonharam com Gilda.

PS: O Rei Pelé está fora do texto e do contexto. Ele era tão genial, tão genial que era florete. Mas muitas vezes se vestia de clava!

Anônimo disse...

Desde que futebol é futebol, um jogador xinga o outro dentro de campo. Ofende a mãe, a irmã, fala que dormiu com a mulher do cara, sem contar que um passa a mão no outro, só de sacanagem. Por isso, as queixas de Richarlyson, do São Paulo, são frescura. O zagueirão do Santos, o Domingos, deve mandar o "mundo" para àquele lugar. O cara é grande, o chamado armário, e todo becão assim é metido. Faz parte do perfil de um sujeito forte ser provocador. O físico privilegiado lhe dá coragem. Aposto que não foi apenas o Richarlyson que foi "ofendido" por Domingos. Quem aparecer na frente, pode ser até a senhora mãe dele, que será devidamente mal-tratada, intimidada.

Imaginem se Pelé se preocupasse com isso. Nem entraria em campo. O Negão, Rei do Futebol, era caçado como raposa pelos adversários. Na Copa de 1966, na Inglaterra, por um triz não encerrou a carreira. Apanhou como cachorro sarnento na partida contra Portugal. Foi aí que nasceu a expressão "Futebol Força", ou seja, não dá na técnica vai na porrada mesmo.

Ser chamado de homossexual em uma partida é normal. Uma vez, jogavam no Mineirão, Cruzeiro e Santos. Raul Marcell era o goleiro do time azul, também de Tostão, Dirceu Lopes e Piazza; do outro lado, estava o endiabrado Pelé. Em uma cobrança de escanteio, Raul percebeu Pelé lhe olhando meio esquisito. De repente, o camisa 10 do Santos deu uma piscadinha para ele. O goleiro, malicioso, logo sacou que era uma provocação. Na época, Raul era tido com símbolo sexual, arrancando suspiros de mulheres e de gays também. Até hoje, o ex-goleiro, agora comentarista, conta essa história com humor e até enaltece o genial Pelé, além de fora de série com a bola nos pés também tinha toda uma psicologia que lhe garantia a Coroa da Bola.

O dia que forem punir o xingamento no futebol, acabou a graça. Em jogos de casados versus solteiros a palavra "corno" sai da boca de todo mundo. E daí? Veste a carapuça quem quiser. Senão, vamos em frente que atrás vem gente. São coisas pequenas de um futebol pentacampeão do mundo.